Santos teve um guerreiro pentacampeão paulista
Toninho Guerreiro foi um dos grandes centroavantes do Brasil durante as décadas de 60 e 70. Ele teve grande destaques vestindo as camisas de dois clubes: São Paulo, entre 1969 e 1974, e Santos, entre 1963 e 1969. Por estas duas equipes, Toninho conquistou um feito absurdo: se tornou o único jogador da história do futebol paulista a ser pentacampeão estadual, emendando um tricampeoanto com o alvinegro praiano com um bicampeonato no Tricolor.
Toninho chegou no Peixe no ano de 1962, quando tinha apenas 20 anos. Antes, ele havia atuado pelo Noroeste, clube onde foi revelado. Sua estreia aconteceu no dia 16 de fevereiro de 1963, contra o Vasco da Gama, no Maracanã. A partida, válida pelo Torneio Rio-São Paulo, terminou empatada em 2 a 2, com dois gols marcados por Pelé.
Na época, a dupla de ataque fulminante do Santos era formada por “apenas” Pelé e Coutinho. No entanto, o companheiro de Pelé, depois da conquista do bicampeonato da Libertadores, vinha sofrendo bastante com a falta de forma física. O problema acabou se agravando e Toninho, que tinha excelentes desempenhos nos treinos, acabou conquistando sua vaga no ataque como titular ao lado do Rei.
Guerreiro se tornou o camisa 9 do Peixe a partir da segunda metade dos anos 60, e conquistou seis títulos estaduais com o clube: o bicampeonato em 1964 e 65 e o tricampeonato em 1967, 68 e 69.
Assim, a partir da segunda metade dos anos 60, ele se tornou o camisa 9 do Santos e começaria a atingir uma interessante marca. Bicampeão paulista em 1964 e 1965, Toninho Guerreiro virou um dos grandes do Peixe no tricampeonato de 1967, 1968 e 1969. Seu último gol pelo clube santista foi justamente em 1969, onde Toninho marcou um de seus gols mais importantes na carreira.
No dia 24 de junho de 1969, o Peixe enfrentava a Inter de Milão no Estádio San Siro, em partida pela Recopa Mundial. Depois de uma falta cobrada por Pelé, Toninho aproveitou o rebote e marcou o gol que deu o título do torneio para o alvinegro praiano.
Em 1970, já atuando pelo São Paulo, Guerreiro chegou a entrar na lista de pré-convocados para a Copa do Mundo no México, mas acabou sendo cortado por uma sinusite, algo que seria um problemas nas altitudes elevadas dos estádios mexicanos. No entanto, existe a teoria de que o presidente mineiro Emilio Garrastazu Médici, na época da ditadura militar, pressionou para que Dario, do Atlético, fosse convocado.