Santos recebeu 40 milhões emprestados para sobreviver em 2022
O Santos Futebol Clube teve que atuar “no vermelho” durante os últimos anos, tendo em vista a grande crise financeira que assola o clube. E um balanço realizado em 2021 mostrou que o alvinegro praiano, através do Funding de torcedores do clube, realizou R$ 41,6 milhões em empréstimos com juros baixo ao clube, feitos pelo Banco Safra, para conseguir “sobreviver” em 2022.
As transações foram feitas em cinco oportunidade: R$ 20 milhões em julho (2021), R$ 6,6 milhões em setembro (2021), R$ 5 milhões em dezembro (2021), R$ 1,6 milhões em abril (2022) e R$ 6,3 milhões em junho (2022).
O Funding do clube foi aprovado e criado pelo Conselho Deliberativo em 2021, com o objetivo de avalizar empréstimos. Basicamente, os torcedores do clube levam seus investimentos para um determinado banco (Safra) e esses montantes servem como uma espécie de garantia para os empréstimos ao clube, com juros menores do que os praticado no mercado.
Do valor que foi emprestado, R$6 milhões foram destinados para o pagamento da folha de julho do ano passado, R$ 2,5 milhões para os direitos de imagem de julho e dezembro de 2021, R$ 6,1 milhões para o pagamento de Imposto de Renda Retido na Fonte da Folha de pagamento, R$ 2,4 milhões para o pagamento de INSS e cerca de R$ 6,5 milhões para o pagamento das dívidas com o Krasnodar e Huachipato, resultantes das compras de Cueva e Soteldo.
Como andam as dívidas santistas e quais os planos?
Em entrevista para a Gazeta Esportiva, Rueda informou o total da dívida que o Santos tinha quando ele assumiu, no início de 2021: R$700 milhões de reais. No entanto, o presidente também comemorou a redução do débito.
“Nosso último balanço apontava uma dívida de R$ 407 milhões. Já deve ter abaixado mais. Deste valor, eu já tenho R$ 270 milhões que são a longo prazo. Ou seja, você não é obrigado a pagar a dívida em curtíssimo prazo. São valores que são perfeitamente pagáveis. Portanto, você tem R$ 130 mi (…) Se eu deixar no final do mandato, R$ 50 ou R$ 30 milhões, é tranquilo. Jogador não precisa nem ser vendido lá em cima que está resolvido, equilibrado”, comentou Rueda.
As principais dívidas do Peixe envolve a contratação de jogadores nos últimos anos, como são os casos de Cleber Reis, Felipe Aguilar, Luan Peres, Soteldo e Cueva. Além disso, também existem pendências com empresários e treinadores. Rueda também falou sobre a insatisfação dos torcedores em meio a situação do clube.