Ex-presidente do Santos teria liberado drogas em delegacia
O ex-presidente do Santos, Orlando Rollo, foi identificado como um dos integrantes de um esquema que envolve o desvio de 790 quilos de cocaína na cidade de Santos. Rollo é polícial civil, e teria participado do crime ao lado de outros três colegas de profissão. O ex-dirigente do Peixe teria participado da negociação da liberação de carga em plena delegacia. O valor estipulado do negócio é de R$ 4 milhões de reais.
Orlando teria negociado a devolução da carga apreendida pela Polícia Civil com o advogado de um traficante de drogas ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital). O encontro entre as partes teria acontecido durante a madrugada do dia 7 de agosto deste ano. O crime foi descoberto através de uma troca de mensagem entre os policiais civis.
O Ministério Público decretou a prisão de Rollo e dos outros agentes envolvidos. De acordo com o MP, “o pedido se justifica para desarticular as atividades destes agentes e, eventualmente, identificar outros envolvidos”. Ainda segundo o Ministério, Orlando tentou vender 50 quilos de cocaína para outro traficante da cidade de Santos, que recusou a mercadoria por saber que a droga pertencia ao criminoso envolvido no crime citado anteriormente.
Sócio do Santos desde 1993, Rollo foi conselheiro do clube por sete mandatos, entre 1999 e 2014 e de 2017 e 2020. Em 2017, ele foi eleito como vice na chapa de José Carlos Peres, que acabou sofrendo impeachment. Rollo assumiu o cargo de presidência do Peixe por três meses, onde teve tempo apenas de se envolver na polêmica da contratação de Robinho.