O dia que o Santos aplicou a maior goleada sobre um clube argentino em sua história
Durante a disputa do Triangular de Buenos Aires, em fevereiro de 1962, o Santos deu um verdadeiro show contra o Racing, e entrou para a história com a sua maior goleada em cima de uma equipe da Argentina.
Os times duelaram no dia 3, seis meses antes do time conquistar pela primeira vez a Taça Libertadores da América. O Peixe não teve dó do adversário e fez questão de fazer 3 a 0 logo nos primeiros 11 minutos do duelo, com dois gols de Coutinho e um de Pelé. Cielinkski acabou marcando contra e ampliou para o Peixe.
Aos 40 minutos do primeiro tempo, os argentinos diminuíram o placar. Voltando do intervalo, Cardenas entrou no time rival e fez um gol logo aos quatro minutos, colocando-os de volta na partida. Oito minutos depois, Belém fez o terceiro e colocou ainda mais fogo no duelo, e com o estádio vindo abaixo com esperanças da virada.
Entretanto, o Santos se manteve calmo, e Pelé marcou o quinto em um contra-ataque, seguido de outro gol de Coutinho, quatro minutos mais tarde. A reação argentina já havia ido para o buraco, e Pepe fez mais um, colocando 7 a 3 no placar.
Nos últimos 10 minutos, a equipe santista ficou tocando a bola de pé em pé, arrancando aplausos dos mais de 50 mil torcedores presentes. E quando todos achavam que havia acabado, Pepe marcou outro aos 42 minutos e fechou a goleada histórica. Placar final: Santos 8 x 3 Racing.
Palavras de um ídolo e escalações das equipes
Em entrevista ao especial “Pelé – O Maior Ataque do Mundo”, Mengálvio, um dos eternos jogadores do clube, comentou acerca da época e sobre a lendária batalha contra os argentinos.
“ Nunca vou esquecer um lance que ficou gravado na minha mente, contra o Racing, na Argentina. Eu peguei uma bola pelo lado esquerdo e saí jogando. Mas, nesse lance o Negão (Pelé) parecia que tinha pego uma megafone e veio com três com ele e gritou pra eu jogar a bola na frente, Mas deu um grito que se eu não jogasse aquela bola na frente eu nem sabia que aconteceria”, contou.
Escalação das equipes:
Santos: Laércio (Gylmar); Lima, Olavo, Calvet e Décio Brito; Zito (Getulio) e Mengálvio (Tite); Dorval, Coutinho (Pagão), Pelé e Pepe. Técnico: Lula
Racing: Negri, Bianco (Silas), Anido (Cielinkski) e Messias; Peano (Marsetta) e Sacchi; Corbata, Pizutti, Mansilla (Cardenas), Sosa e Belém.