Na última semana, os ex-presidentes do Santos, José Carlos Peres e Orlando Rollo, foram expulsos do quadro de sócios do clube da Vila Belmiro. A saída da dupla foi votada na quinta-feira (8) pelos conselheiros do alvinegro praiano. O motivo da exclusão foi a má gestão e reprovoção das contas na época em que ambos foram presidentes do clube, entre 2018 e 2020.
Os dois presidentes foram os principais responsáveis pelo endividamento do clube em mais de R$ 500 milhões. Peres foi eleito no fim de 2017 e assumiu o comando do Santos em 2018. Em 2020, sofreu um impeachment inédito na história do clube após reprovação de contas. Vice na chapa, Rollo foi presidente do Peixe por três meses naquele ano e ficou marcado pela contratação fracassada de Robinho, condenado por estupro na Itália.
A votação, realizada de maneira híbrida (presencial e online), teve 102 votos a favor da exclusão dos dois ex-presidentes do clube. Onze pessoas votaram contra e 17 não compareceram.
Ex-presidente do Santos teria liberado drogas em delegacia
O ex-presidente do Santos, Orlando Rollo, foi identificado como um dos integrantes de um esquema que envolve o desvio de 790 quilos de cocaína na cidade de Santos. Rollo é polícial civil, e teria participado do crime ao lado de outros três colegas de profissão. O ex-dirigente do Peixe teria participado da negociação da liberação de carga em plena delegacia. O valor estipulado do negócio é de R$ 4 milhões de reais.
Orlando teria negociado a devolução da carga apreendida pela Polícia Civil com o advogado de um traficante de drogas ligado ao PCC (Primeiro Comando da Capital). O encontro entre as partes teria acontecido durante a madrugada do dia 7 de agosto deste ano. O crime foi descoberto através de uma troca de mensagem entre os policiais civis.
O Ministério Público decretou a prisão de Rollo e dos outros agentes envolvidos. De acordo com o MP, “o pedido se justifica para desarticular as atividades destes agentes e, eventualmente, identificar outros envolvidos”. Ainda segundo o Ministério, Orlando tentou vender 50 quilos de cocaína para outro traficante da cidade de Santos, que recusou a mercadoria por saber que a droga pertencia ao criminoso envolvido no crime citado anteriormente.
