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Santistas acabam de ser condenados por questão grave

Episódio abriu discussões sobre brutalidades das torcidas

A princípio, o futebol se destaca por unir nas arquibancadas o sentimento de pertencimento das mais variadas torcidas. No entanto, a rivalidade tomou conta dos torcedores, fazendo com que a violência tomasse conta do que deveria ser um espetáculo. Neste terça-feira (4), dois santistas foram condenados por uma morte e outra tentativa de homicídio de um adepto adversário.

O crime ocorreu em abril de 2015, na Estação Jardim Romano da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em São Paulo. Na ocasião, Santos e Palmeiras disputavam o primeiro jogo da final do estadual, no Allianz Parque. Com a vitória dos donos da casa por 1 a 0, a dupla de santistas, que fazia parte da Torcida Jovem, armaram uma embosca para torcedores rivais.

Com requintes de crueldade, os alvinegros utilizaram barras de ferro para intimidar e agredir os representantes da torcida do Palmeiras. Com uma morte confirmada e a tentativa de um outro homicídio evidenciada, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) decretou a pena de 24 anos de prisão em regime inicial fechado para cada um dos dois réus.

O Tribunal do Júri reconheceu que tanto o homicídio consumado quanto a tentativa ocorreram com meio cruel, por motivo fútil. Dessa forma, o promotor Enzo de Almeida Carrara Boncompagni, que atuou no caso, reconhecendo que as vítimas não tiveram poder de reação por terem sido surpreendidas com socos, chutes e golpes de barra de ferro.

Santistas são flagrado em vídeo de monitoramento

No dia 26 de abril de 2015, o que deveria ser mais um clássico emblemático foi apagado por um episódio dramático. Trajado com o uniforme da Mancha Alviverde (torcida organiza do Palmeiras), Claudio Fernando Mendes Cardoso de Morais foi cruelmente espancado por dois torcedores santistas enquanto estava acompanhado de sua namorada e amigo.

Como resultado da gravidade das lesões, o palmeirense foi encaminhado para o Hospital Santa Marcelina, unidade Itaim. Apesar dos esforços em lutar por sua vida, o jovem de 25 anos teve seu óbito declarado na manhã do dia seguinte, devido à morte cerebral. Na ocasião, o presidente da maior torcida organizada do Palmeiras relatou o que ouviu.

“Eu não estava presente no momento da agressão. Foi um ato de pura covardia. Ele não teve nem como se defender. Nos disseram que além dos santistas que estavam agredindo, um carro surgiu com santistas dentro armados com barras de ferro”, revelou Marcos Ferreira, presidente da Mancha Verde.

Iara Alencar

Apaixonada por esportes, principalmente pelo futebol. Trabalho há sete anos como redatora esportiva e publico matérias sobre as principais ligas da modalidade. Adoro escrever e estar por dentro de tudo que envolva o mundo da bola.

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