Renomado árbitro brasileiro vira réu em investigação séria
Atualmente dono do apito assume cargo de prestígio
Um dos árbitros de maior renome do futebol brasileiro foi colocado na cadeira dos réus diante de um processo movido pelo Sindicato dos Árbitros de Futebol do Rio Grande do Sul. Aposentado dos gramados desde 2023, Leandro Pedro Vuaden assumiu o cargo de presidente da Comissão Estadual de Árbitros de Futebol do RS. O problema é que seu nome está interligado a vários casos de corrupção.
De acordo com apurações da ‘Rádio Grenal’, o ex-árbitro está sendo investigado ao lado de Demódio Luiz da Silva Wagner, ex-tesoureiro, e Maicon Soes Zuge, ex-presidente da Comissão Estadual. Embora o motivo permaneça em segredo de justiça, a Rádio Grenal confirmou que um dos casos está inteiramente ligado a um enriquecimento sem causa.
“Em despacho emitido no último dia 14, o tribunal considerou os elementos elencados pela SAFERGS. Em um ano, a entidade teve um superávit de quase R$ 400 mil, tendo reduzido em 10 vezes este valor no ano posterior. Houve, ainda, o desinteresse na audiência de conciliação. Os réus deverão fazer as próprias citações dentro de 15 dias, a contar a partir da data da emissão”, disse a fonte.
Alegando inocência, Leandro Pedro Vuaden se colocou à disposição para sanar quaisquer dúvidas sobre o processo. Em contrapartida, seu histórico como árbitro de campo nunca foi um dos melhores. Tomado por polêmicas e acusações sobre favorecimento a equipes seletivas, o dono do apito se afastou de suas obrigações após 26 anos.
Árbitro de fora?
Enquanto se nome figura em polêmica judicial, o ex-árbitro se envolveu em novela mediante ao campeonato estadual. Após o diretor de futebol do Grêmio, Guto Peixoto, detonar os profissionais escolhidos pela Federação Gaúcha de Futebol, Vuaden descartou qualquer possibilidade de investir em juízes de fora do Estado.
“Absolutamente descartado. Isso (convidar árbitros de fora do Rio Grande do Sul) jamais passou pela minha cabeça ou passará. Não existe essa possibilidade. São declarações que fazem parte do campo democrático do futebol, mas não concordo”, afirmou Vuaden em entrevista à Rádio Guaíba.