Pelé não aguentava só apanhar dos rivais e também batia bastante
Pelé, maior jogador de futebol que a Terra já viu, ficou marcado por seus lances geniais e jogadas de tirar o fôlego de quem está assistindo. Com dribles desconcertantes, o Rei sofria com as faltas desleais que eram usadas para pará-lo.
Todavia, Pelé, apesar de ser considerado de outro mundo, era humano como todos nós, e também errava. O jogador não deixava barato para seus adversários desleais, e revidou na mesma moeda.
Tanto é que o maior de todos os tempos acumulou diversos cartões vermelhos, sendo expulso em treze partidas vestindo a camisa do time da Vila Belmiro., um número até que alto, considerando que era um jogador que ocupava a faixa do ataque adversário.
Legado no futebol
Com mais de 1000 gols e vencedor de três Copas do Mundo, Pelé transcende o futebol. Recebeu o apelido de rei em 25 de fevereiro de 1958, após marcar quatro vezes contra o América-RJ. No caso, foi o jornalista Nelson Rodrigues que o apelidou, através de uma crônica.
Além de tudo, o ex-jogador parou uma guerra em 1969.O Santos, comandado pelo Rei, fez uma excursão no continente africano, e foi jogar na República Democrática do Congo (à época chamado de Congo-Kinshasa), no Congo (que era Congo-Brazzaville) e na Nigéria (chamada de Biafra).
No segundo duelo, o árbitro da partida foi ameaçado pelo chefe de estado do Congo-Brazzaville por permitir que outros jogadores dessem entradas violentas contra a equipe de Pelé.
Na Nigéria, o amistoso do Santos conseguiu parar uma guerra civil que durava muitos anos. Tudo isso para ver Pelé em ação.
Após Pelé e o Alvinegro deixarem a África, o conflito voltou sem piedade a todo o vapor.
O velório de Pelé ocorreu na última segunda-feira (4), na Vila Belmiro. Aberto ao público, mais de 200 mil pessoas acompanharam a despedida do Rei.