Odair não titubeia, sai em defesa de jogador criticado e cita até Messi
Após o empate sem gols contra o Água Santa, na Vila Belmiro, os torcedores do Santos perderam a paciência e xingaram alguns jogadores do clube. Dentre eles estava o jovem Ângelo, que acabou se irritando com as ofensas e retrucou de volta.
Após ser substituído para dar entrada a Lucas Braga, o jovem saiu hostilizado pelos santistas, na segunda etapa. Odair Hellmann saiu em defesa de seu atleta, e disse que o mesmo passa por um processo de amadurecimento, por ter apenas 18 anos.
“ O Ângelo é um menino. Talvez acima da média, mas talvez tenha queimado processos para chegar num momento desse e estar mais maduro. É um menino maduro, do bem, mas é um menino. Se colocarmos responsabilidade nesse menino de 18 anos, está errado. A cobrança tem que ser em cima de mim, dos jogadores mais velhos. Visualizamos jogadores maduros, com 600 jogos nas costas ter essa oscilação. Imagine os mais jovens”, disse Odair.
“Vamos cobrar que o Ângelo seja o Messi? Ele está num processo de evolução tática, técnica e mental. Estou aqui para cobrar, mas o Ângelo é um menino”, completou.
Para o treinador, qualidade não falta ao jogador, mas deve amadurecer aos poucos, colocando a responsabilidade em si mesmo como treinador e exemplo para o jovem crescer ainda mais dentro da quatro linhas.
“ Cobro a responsabilidade dentro do limite dele. Ângelo passou por cima do processo porque tem qualidade. Mas uma hora cobra as outras contas. Isso gera amadurecimento, crescimento individual e melhor performance. Cabe a nós conversarmos com o Ângelo. Mostrar como professor porque ele ainda precisa evoluir”, opinou Odair.
Evolução e pontos a serem melhorados
Em relação ao duelo, Odair comentou que o time apresentou evoluções ao seu ver, em relação ao duelo fora de casa contra o São Bernardo, que terminou empatado em 1 a 1. Entretanto, ele destaca que ainda há diversos pontos a serem aprimorados nos treinamentos no CT Rei Pelé.
“Eu acredito a todo momento na evolução do trabalho, no entrosamento e na consistência do time. Precisamos evoluir em vários aspectos. Hoje defendemos melhor, melhor posicionado. Falta atacar mais firme para não gerar o contra-ataque. Tivemos mais posse, mas não conseguimos ser contundentes e transformar essa posse em oportunidades de gol”, iniciou.
“Melhoramos no segundo tempo, mas não melhoramos o acabamento, a parte final para gerar volume e pressão. Mas isso é trabalho. Estamos buscando uma reconstrução da equipe. Não conseguimos repetir a escalação em nenhum jogo. Até gostaria de repetir a formação da primeira partida. Mas mudamos taticamente e características. Não é o entrosamento ideal. Tem coisas a evoluir e corrigir”, completou o treinador.