O atacante Robert viveu anos de depressão, o ex-jogador já revelou que tinha desejos suicidas, mas que nunca fez nada contra si mesmo. Em um trecho de uma carta aberta, Robert contou que pedia para Deus para capotar o ônibus que carregava a delegação do Santos:
“Lembro até hoje que acabava o jogo, eu tomava banho e uma hora da manhã tava na estrada. Eu pegava minha identidade, colocava na minha pochete bem coladinho ao meu corpo e ficava pensando: ‘Pô, Deus, capota esse ônibus. Eu quero morrer’”, escreveu o jogador.
Psicologia no futebol
A saúde mental é um assunto que por mutas vezes foi negligenciado dentro do futebol, um dos casos mais famosos é do atacante Richarlison. O atleta fez uma boa Copa do Mundo e era tido como um dos destaques da Seleção Brasileira, porém, a eliminação para a Croácia acabou abalando o atleta do Tottenham e o jogador demorou para reencontrar o seu melhor futebol e só o fez após procurar ajuda psicológica.
Robert deixou claro que procurar ajuda foi fundamental naquele momento difícil:
“Eu me tratei e me sinto curado, mas acho que tenho obrigação de falar com muita clareza pra quem tá passando por uma situação assim: peçam ajuda, gritem por socorro. Eu me isolei e isso é a pior coisa que você faz. Por um tempo, parei de ver uma saída. Se a minha história pode te ajudar de algum jeito, ou ajudar alguém que você conhece, chega mais que eu conto”, disse o ex-jogador.
Jogadores do Fluminense chamaram a atenção ao agradecerem à psicóloga do clube pelo apoio durante a temporada. Apesar de ainda ser um tabu dentro de alguns clubes e com alguns jogadores, a saúde mental vem se montando um fator fundamental na criação de times e atletas campeões.
