Atacante recém chegado ao Santos soltou o verbo sobre rebaixamento: “Foi horrível”
O ano de 2023 foi difícil para o Santos. A equipe, que contabiliza diversos títulos em sua história, viu-se rebaixada para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro pela primeira vez em sua história após uma temporada abaixo da média. O episódio culminou no jogo contra o Fortaleza, que resultou em uma derrota por 2 a 1 e sacramentou o rebaixamento do clube. Hoje, o atacante Guilherme, que era adversário naquela ocasião, defende as cores do Santos e compartilhou seu sentimento sobre aquele dia.
Guilherme, com 28 anos, era titular do Fortaleza no dia que decretou o rebaixamento do Santos. Em entrevista ao portal “ge”, o atacante relembra o nervosismo e tristeza que imperavam no campo.
“Esses dias, olhando umas fotos desse jogo, a maioria focada em mim e a torcida ao fundo, com as bandeiras do Pelé e do Pepe, pensei: ‘Que loucura’. Foi um dia triste, na real. Ganhamos o jogo, tivemos a bonificação, mas não consegui comemorar a vitória. Se eu pudesse escolher… não é hipocrisia minha. Do outro lado tinham companheiros de trabalho. Foi loucura. Quando estava dentro do campo, não reparei na tristeza dos caras, mas dava para ver o nervosismo. Quando fui substituído e fui para o banco, comecei a perceber o cenário”, disse o atacante.
“Quando o Lucero fez o gol, botei a mão na cabeça: ‘Caramba. Decretou’. Ali, o gol do meu time decretou o rebaixamento do Santos, o primeiro da história do clube. Olhava para o banco do lado e era desesperador. Olhava para a torcida e via gente chorando, crianças no desespero. Foi sinistro, foi horrível. Muito ruim. E teve todas aquelas cenas lamentáveis. Demoramos 2 horas e meia para sair do vestiário. Não tinha como. Torcida enlouqueceu lá fora”, revelou o jogador.
Contratação pelo Santos e a construção de um novo capítulo
Ao ser contratado pelo Santos FC em 2024, Guilherme vê a oportunidade como um privilégio para ajudar na reconstrução do clube que outrora era seu adversário. “Hoje estou aqui, deste lado, podendo fazer parte da reconstrução do Santos. Confesso que nunca imaginei, de verdade. Desde a primeira ligação, foi estranho porque as coisas se conectam. Recebo a ligação e já conecto com o último jogo. É automático. Fiquei com isso desde metade das férias. É um privilégio fazer parte de um ano, talvez mais difícil, mas o mais importante da história do clube, de reconstrução. Começamos bem, e sou grato por fazer parte deste ano. Tenho certeza de que será um ano incrível”, finalizou Guilherme.