A história de Giovanni, o Messias, no Santos
Giovanni Silva de Oliveira, ou simplesmente Giovanni, nasceu no dia 4 de fevereiro de 1972, em Belém do Pará. Começou sua carreira no Tuna Luso, em 1991. Após passagens por Remo e Paysandu, Giovanni chegou no Santos em 1994, em um dos piores momentos financeiros da história do clube. Contratado sem qualquer alarde, o meia-atacante escreveu uma bela história no Peixe, que inclusive lhe rendeu o apelido de “Messias”.
Sua estreia pelo Santos aconteceu em 22 de outubro de 1994, contra o Botafogo-RJ pelo Brasileirão. Chegou tímido e desconhecido, com uma inibição que lhe fazia até gaguejar em entrevistas, algo que já haviam rendido piadas maldosas no Pará.
No entanto, se destacou no Campeonato Brasileiro, com a Revista Placar o colocando como quarto melhor meio-campista do torneio. Mas seria no ano seguinte que o “Messias” começaria a se destacar. O Peixe não teve um bom início no Campeonato Brasileiro, mas sob os talentos de Giovanni, conseguiu uma arrancada vital na reta final, que garantiu a classificação para a próxima fase.
Na semifinal contra o Fluminense, o Tricolor venceu por 4-1 no jogo de ida, dando a impressão de que já estava praticamente garantido na grande decisão. No entanto, Giovanni fez uma das maiores atuações individuais da história do futebol brasileiro no jogo de volta, marcando dois gols na vitória por 5 a 2 e classificou o Alvinegro Praiano.
Na final, contra o Botafogo, o Peixe acabou sendo derrotado e Giovanni encerrou sua primeira passagem pelo clube sem conquistar um título. Em 1996, o “Messias” foi comprado pelo Barcelona e se manteve no futebol europeu até 2005, quando retornou para Vila Belmiro.
Na segunda passagem, conquistou o Campeonato Paulista de 2006, mas acabou sendo dispensado do clube após a chegada de Vanderlei Luxemburgo. Voltou ao Peixe em 2010, onde conquistou um Campeonato Paulista e uma Copa do Brasil, mesmo com pouca participação no time titular.
Em 2022, Giovanni passou a participar da comissão técnica do Santos após a demissão do treinador Fabrício Bustos, mas foi dispensado após a chegada de Lisca.