Teria havido corrupção na saída de Neymar do Santos
A saída de Neymar do Santos para o Barcelona causa muita polêmica até os dias de hoje. O Grupo DIS, que adquiriu 40% dos direitos econômicos do camisa 10 antes mesmo de ele se tornar profissional, em 2009, acusa o jogador, seus pais, o Barcelona e o próprio Peixe de uma manobra para não pagar o que lhe é de direito, o que culmina com crimes de corrupção entre particulares e fraude por contrato simulado.
“O que aconteceu, de forma clandestina, foi uma operação secreta, confidencial, que defrauda os direitos do meu cliente. Em 2011, houve o início de pagamentos, que depois chegaram a 40 milhões de euros, para o jogador e suas empresas, coordenadas pelo pai do jogador”, afirmou o advogado Paulo Nasser, representante da DIS no processo.
Além disso, a DIS ainda pede uma indenização de mais de R$ 130 milhões para cobrir seu prejuízo. Caso Neymar seja condenado, poderá perder a Copa do Mundo no Catar – a lei espanhola prevê dois anos de reclusão e inabilitação profissional, além de uma multa por conta dos supostos crimes praticados pelas partes.
Entenda o caso
A DIS afirma que, em 2011, poucos dias antes da final do Mundial de Clubes da Fifa, disputada entre Santos e Barcelona, Neymar recebeu um pagamento de 10 milhões de euros por parte do clube catalão,(R$ 32 milhões na época) assegurando a futura transferência, que aconteceria apenas dois anos depois.
Em carta póstuma, o então presidente do Santos na época da negociação, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, mais conhecido como Laor, afirmou que Neymar e seu pai de fato tinham recebido uma quantia do Barcelona antes da final do Mundial e também disse que isso teria afetado o desempenho do atleta pelo alvinegro praiano.
“Não era o mesmo jogador brincalhão, que ia para cima dos adversários. Ele parecia estar contando os minutos para sair. Isso já foi dito por mim à imprensa e, infelizmente, é um fato”, relatou Laor na carta escrita dois meses antes de sua morte.