O goleiro argentino que se tornou ídolo do Santos
Em 22 de março de 1945, em Buenos Aires, nascia uma grande lenda da meta santista, Agustin Mário Cejas. Foi contratado em 1970 pelo Santos junto ao Racing, de seu país natal, depois da aposentadoria de Gylmar e da lesão de Cláudio.
Cejas desembarcou na Baixada Santista sob olhares de todos, visto a grande responsabilidade que era vestir o manto. No final das contas, ele acabou dando conta do recado e entrou na história do clube.
Fez a sua estreia em 27 de setembro de 1970 diante do Cruzeiro, no Mineirão, em duelo válido pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, a partida terminou empatada em 1 a 1, com o gol do Peixe tendo sido marcado por Nenê Belarmino.
Em seu primeiro jogo defendendo a equipe bicampeã do mundo, Cejas estreou ao lado dos seguintes companheiros: Carlos Alberto, Ramos Delgado, Djalma Dias e Turcão; Clodoaldo e Lima; Manoel Maria, Douglas (Picolé), Nenê Belarmino e Abel (Léo Oliveira). o técnico era Antônio Fernandes, o Antoninho.
Características e prêmios pessoais
Possuía como uma de suas principais características (além de sua habilidade no gol) a sua coragem. Graças ao seu porte físico (1,93m) e ótimo posicionamento, era muito comum vê-lo saindo da meta para interceptar cruzamentos, trombando muitas vezes com os atacantes adversários.
Foi campeão paulista em 1973, e virou destaque do Santos no torneio, graças as suas defesas e habilidade nos pênaltis que foram decisivos para o Peixe levantar o caneco. Depois de um empate em 0 a 0 contra Portuguesa, pegou duas cobranças dos rivais e colocou seu nome na história.
Ainda no mesmo ano, Cejas venceu a Bola de Ouro da tradicional Revista Placar, sendo eleito o melhor goleiro de toda a temporada. Ficou na Vila Belmiro até 1974, e jogou exatos 252 jogos vestindo a camisa do Santos.
O ex-goleiro argentino faleceu no dia 14 de agosto de 2015, em Buenos Aires, em decorrência do Mal de Alzheimer. Morreu aos 70 anos de idade.