Que fase! Justiça bate o martelo e condena o Santos por fraude
A Justiça de São Paulo condenou o Santos por litigância de má-fé por ter forjado um documento de um escritório de advocacia em ação na qual o clube é cobrado no valor de R$ 13 milhões. A perícia bateu o martelo e declarou que o Peixe cometeu fraude, deixando para o Ministério Público decidir se abrirá ou não um inquérito criminal.
O contrato foi assinado em 2015 entre o Alvinegro Praiano e o escritório Bonassa Bucker para a representação jurídica com o fundo Doyen, o qual se tornou muito conhecido após financiar contratações como a do atacante Leandro Damião, por exemplo.
Em 2017, o Santos e Doyen entraram em um acordo o qual o Peixe devia pagar R$ 23,5 milhões de euros (cerca de R$ 90 milhões na época). Segundo o próprio escritório, o vínculo previa uma taxa chamada “honorários de sucesso”, que faria com que o clube economizasse entre o que era cobrado pelo fundo.
O Peixe não teria pago R$ 107,9 milhões ao Doyen depois do acordo assinado em tribunal arbitral, e o escritório teria direito a uma fatia de 10%, valor que depois do acréscimo de juros, pode chegar os R$ 13 milhões.
Documento falsificado e pena ao clube
Entretanto, o escritório disse à Justiça que o contrato teria sido forjado pelo Santos. O clube, ainda sob a gestão do presidente José Carlos Peres, trocou a página 2 do acordo pela página 2 de outro contrato, que era assinado pelo mesmo escritório.Após a perícia, a fraude foi confirmada.
Confira o trecho da sentença, do dia 13 de fevereiro: “O ato ilegal perpetrado pelo embargante (Santos) foi revelado pelo laudo pericial, que concluiu de forma expressa que o Santos FC incluiu um documento falso junto com a petição inicial dos embargos”.
Desta forma, o clube foi condenado a pagar o valor que era cobrado pela Bonassa Bucker com juros e outros acréscimos, além de 10% do valor da causa em honorários à defesa do escritório, com multas de 10% ao escritório e de 9,9% ao Estado. O Santos ainda tem como recorrer a decisão.