CBF confirmou vergonha e Santos vai ter que jogar a série B em 2025
Enquanto o elenco masculino conseguiu retornar à elite nacional, o feminino do Santos não teve a mesma sorte. Após campanha apática na temporada passada, as Sereias da Vila irão disputa a segunda divisão do Campeonato Brasileiro em 2025. Sob o comando do técnico Caio Couto, as alvinegras iniciarão a busca para retornar à Série A no dia 19 de abril.
Ao final da temporada passada, tudo se encaminhava para a permanência do Santos na elite brasileira, mas por infelicidade do destino a rota mudou drasticamente. Na última partida da Série A, contra o Botafogo, as Sereias da Vila estavam vencendo o confronto por 1 a 0. No entanto, aos 48 minutos do segundo tempo, as Gloriosas empataram o duelo.
Como resultado do empate, Santos e Botafogo finalizaram a temporada com 11 pontos cada, motivo que as projetou para a Série B em 2025. O detalhe inconcebível é que o alvinegro paulista é um dos times mais bem sucedidos do país e mesmo assim não conseguiu manter o alto nível. Todavia, o descenso ocorreu após o corte de investimentos da diretoria santista pela falta de planejamento.
Ao contrário de como funciona o Campeonato Brasileiro masculino, a edição feminina possui duração inferior. Isso porque seu pontapé inicial será dado em abril, mas seu fim está decretado para ocorrer em agosto de 2025.
Clima polêmico nos bastidores do Santos
O rebaixamento foi um dos menores problemas que o Santos precisou lidar nos últimos meses. Um grupo de jogadoras do elenco de 2024 se aliou para denunciar casos de assédio sexual e moral praticados pelo ex-treinador Kleiton Lima, demitido em 2023. Como forma de conter os danos, a cúpula alvinegra reformulou o plantel alvinegro, causando revolta na torcida.
Confira o relato de uma das atletas:
“No último ano, presenciei episódios de agressão verbal, abuso psicológico, abuso moral e um evidente abuso de poder. Esses problemas são de conhecimento das pessoas envolvidas e da própria instituição, mas, nenhuma medida foi tomada. Infelizmente, isso indica que este ano pode seguir o mesmo padrão.
Posso afirmar com confiança que me dediquei completamente ao clube, entregando o meu melhor todos os dias. Trabalhei duro, evoluí significativamente e apresentei um desempenho consistente ao longo do ano. No entanto, para minha total surpresa, durante as férias, fui informada de que a coordenadora de futebol feminino decidiu “se livrar” de mim por motivos pessoais, sem qualquer justificativa profissional.
Em termos diretos, fui tratada como um dano colateral em uma situação que não dizia respeito a mim. É importante lembrar que, além de atletas, somos também seres humanos”, escreveu a goleira Kelly Chiavaro.