Ídolo do Santos abre o jogo e revela motivo da ausência no velório de Pelé
Nos últimos dias, diversas personalidades do mundo do futebol foram criticadas por não terem comparecido ao velório do Rei Pelé, que faleceu no último dia 29. Um deles foi o ex-jogador do Santos, Giovanni. Se justificando acerca do assunto, ele admitiu que não conseguiu ir na despedida do Rei por conta de planos familiares.
“Estava com a minha família em Salinas, a gente se programa por seis meses. Não ia largar eles, não é fácil como as pessoas pensam. E o fato de você não ir ao enterro, não significa que você não tenha tido gratidão. As pessoas tomam isso como verdade e fazem todo julgamento. Queria estar lá, mas aconteceu de eu estar aqui no interior”, revelou.
Carreira no Santos
Em 1994, o jovem Giovanni chega ao Santos por um empréstimo, após se destacar atuando no São Carlense, na Série A2 do Campeonato Paulista. O
Todavia, ficou cinco meses treinando com o elenco, até finalmente receber uma oportunidade dentro de campo. Ao final de seu período emprestado, despertou interesse da diretoria em contratá-lo em definitivo.
Em entrevista ao Zueiragem Podcast, Giovanni conta como foi o processo de sua compra junto ao Santos, além de revelar sobre uma atitude de Pelé que ajudou a concretizar a negociação junto à Tuna Luso.
“Teve uma excursão no México, fui bem e os caras falaram: “Pode comprar”. Meu passe na época era uns R$ 300 mil, só que o Santos não tinha dinheiro. O Pelé até ajudou acho que com R$ 150 mil. Só que foi o seguinte, o Clodoaldo, que era diretor na época, disse: “Não temos dinheiro, vamos fazer uma vaquinha aqui. Você vai para Belém passar as férias e eu vou te ligar”. Eles tinham que depositar o dinheiro até o dia 31, só que era num domingo, então tinha que ser até o dia 29, que era sexta-feira”, contou.
Para comprar o jogador, o Santos precisou superar a concorrência de um rival histórico do Peixe. O clube contou com o desejo do ex-atleta em fazer história na Vila Belmiro como principal fator para a sua manutenção na equipe.
“Quando eu vim em Belém, o Genésio (presidente da Tuna na época) me chamou na sala dele e falou: “Não vai para o Santos, o São Paulo quer dar não sei quanto pra você”. Eu respondi: “Negativo. Se o Santos não comprar, na segunda-feira a gente vê”. Liguei para o Clodoaldo e disse: “Vocês tem que depositar, o São Paulo veio aí”. Ele me respondeu: “Calma, estamos fazendo a vaquinha”. Quando foi na sexta, os caras depositaram”, admitiu o ex-jogador.
Giovanni ficou por duas temporadas e meia no Peixe, entre 1994 e 1996. Foi vendido ao Barcelona, e posteriormente ao Olympiacos, da Grécia, se tornando um ídolo em ambas as equipes.
Em 2005, voltou ao Santos, recebendo o apelido de “Messias”. Em 2010, teve a terceira e última passagem pela equipe, se aposentando em seguida.